A Cia Flutuante estreou na última terça-feira, 5 de julho, seu novo espetáculo homônimo. Na pequena sala de ensaios do Tuca, em Perdizes, espectadores se acomodaram em cadeiras, banquinhos e zabutons (almofadas japonesas para sentar no chão).

Foto: Inês Correa

O trio, composto por Letícia Sekito, que é diretora e coreógrafa da obra, conta também com Alex Ratton e Priscila Jorge. O mote do espetáculo é explorar a relação entre erotismo e sensualidade no corpo. Os intérpretes, de maneira delicada, passam a maior parte do tempo entrelaçados, buscando uma conexão extra-corpórea. Dançam no claro e no escuro, entre objetos, estirados ao chão.

Sekito dôa a polpa de sua arte para a Companhia e Alex Ratton, bailarino talentoso, rouba a cena, fruindo uma linguagem corporal impecável. O que não acontece apenas por ser o único homem em cena. Conectados, os personagens parecem não ter sexo. A despeito de seus gêneros, funcionam como almas e corpos assexuados que se preenchem, gozando de pequenos prazeres.

“Flutuante” é um nome bastante condizente. O espetáculo deixa uma leveza doce no ar, assim como o cheiro de melancia que toma conta de todo o ambiente enquanto o trio, sem trepidez, flutua.

A próxima temporada será na Galeria Olido.


SERVIÇO
Data: de 14 a 17/07
Horário: de quinta a sábado 20h, domingo 19h
Local: Sala Paissandu – Avenida São João, 473, Centro
Capacidade: 30 lugares
Classificação etária: 15 anos
Duração: 60 minutos
Espetáculo gratuito
Bilheteria abre 1 hora antes do espetáculo
Não será permitida a entrada do público após o início do espetáculo.


FICHA TÉCNICA
Projeto da Companhia Flutuante
Concepção e direção: Leticia Sekito
Performance: Alex Ratton, Leticia Sekito, Priscila Jorge
Cenografia: Suiá Burger Ferlauto
Figurino: Fernanda Yamamoto
Iluminação: Ligia Chaim
Trilha sonora ao vivo: Sandra Ximenez
Preparação Corporal: Alex Ratton, Ivan Marcos Okuyama Sensei, Leticia Sekito

Orientação teórica e consultoria cinematográfica: Marcela Canizo
Produção: Independente Produção e Arte / Vanessa Lopes
Assistente de produção: Maíra Silvestre
Fotos: Inês Corrêa
Making of: Cynthia Domenico/soma realizações
Identidade visual e design gráfico: Paula Viana
Apoio Cultural: Cantina e Pizzaria da Conchetta, Casa de Franciscos, Lado B Digital Filmes, LCM Bolas e Sala Crisantempo.


Ao comprar o ingresso, a hostess pede seu número de celular e já alerta: os atores ligam para algumas pessoas da platéia durante o espetáculo, “deixe seu celular ligado e no viva voz”, me falou. Para quem nunca foi ao espaço Os Satyros, localizado na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, vale dizer que o lugar é underground, feio, a pintura é descascada e as cadeiras não são tão confortáveis – o que, convenhamos, deixa pulsar mais forte a veia marginal da arte por lá encenada.

                                                                            Lenise Pinheiro/Folhapress

A peça mostra a rotina urbanóide de quem vive na cidade de São Paulo e a solidão que uma megalópole como esta provoca em seus habitantes. Os personagens, tão diferentes entre si, possuem a solidão como característica principal, mesmo que imperceptível. No palco, uma prostituta, um traficante, uma enfermeira que cuida de uma octogenária apática que não anda e nem fala e outros solitários que, na busca por companhia ou conversa, ligam para o próprio público, que adentra o teatro um pouco ressabiado, mas se solta no decorrer da peça.

                                                                                                   Divulgação

 Hipóteses Para o Amor e a Verdade não possui uma trilha sonora invejável, nem atores hollywoodianos perfeitos (eles erram, espirram e engasgam em cena), tampouco o melhor jogo de luz. Mas traduz, de forma dolorosa e verdadeira, coisas que nós, paulistanos, sentimos em diversos momentos do dia: uma solidão latejante por vivermos em uma cidade enorme, cheia de gente, onde soa como pecado sentir-se sozinho. Os atores, nitidamente soltos, improvisam sem pecar pelo excesso e parecem se entregar de corpo e alma ao que lhes é dado: um roteiro simples, com um quê almodovariano, num palco sem luxos, numa noite de domingo no centro de São Paulo. Essa veracidade junto à interação por meio de ligações durante o espetáculo, emociona o público e os faz pensar que estão, sim, sós – porém, não são os únicos.



Hipóteses para o Amor e a Verdade
Realização: Os Satyros
Onde: Espaço dos Satyros Um – Praça Franklin Roosevelt, 214
Quanto: R$ 30,00; R$ 15,00 (Estudantes, Classe Artística e Terceira Idade); R$ 5,00 (Oficineiros dos Satyros e moradores da Praça Roosevelt).
Lotação: 70 lugares
Duração: 90 min.
Classificação: 18 anos
Temporada: até 25 de Julho de 2011
Texto: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez
Direção: Rodolfo García Vázquez
Assistente de direção: Fábio Penna
Cenário e Figurino: Marcelo Maffei
Iluminação: Rodolfo García Vázquez e Fábio Cabral
Elenco: Esther Antunes, Gustavo Ferreira, Leo Moreira, Maria Casadevall, Paulinho Faria, Phedra De Córdoba, Tânia Granussi e Tiago Leal.


Em Si bemol

10mar11

A ideia é simples: vídeos com cerca de dois minutos de duração, todos enviados por colaboradores e tocados em si bemol. Você pode dar o play no vídeo que quiser, no momento que quiser e eles funcionarão juntos, como uma música. O site In Bb 2.0 é um projeto colaborativo feito pelo músico, produtor e compositor Darren Solomon. Não entendeu? Então clique aqui e dê o play.


De volta

06mar11

Confesso que acho o WordPress um pouco confuso. Mas voltei. Dizem que faço parte da geração 2.0, mas acontece que nasci num mundo que nem celular tinha. Portanto, considero-me em fase de adaptação (pra sempre). Blablablás a parte, resolvi retomar o blog para arquivar coisas interessantes que encontro pela internet e fazer uma espécie de clipping on line.

Uma das minhas maiores paixões são os livros. E quem nunca julgou um livro ou filme pela capa? Adoro livros com estética agradável. Presto atenção em tudo: na espessura e coloração do papel, na fonte, nas cores escolhidas para a arte e etc. Obviamente a capa não dá a dica se o livro é bom ou ruim, mas já é um começo. Portanto, deixo aqui o site The Book Cover Archive, repleto de capas incríveis. Escolhi algumas que me chamaram a atenção:


HASTA LAS NARICES

 

FOTOGRAFIA MÍOPE

 

 

 

“Inventar otras formas posibles. Solucionar, manufacturar; chácharas y tiliches. Pepenar, reciclar, alargar la vida de objetos obsoletos, la tecnología y la lucha contra su enajenamiento. Preguntar, cuestionar, incidir; el sarcasmo, la ironía y la paradoja. Me gusta la contradicción, me gusta la poesía, la simpleza y la complejidad juntas, la sorpresa y sorprender. Me gusta que la gente se sonría cuando la pieza detona en su interior; me gusta, incitar, me gusta pensar que el arte tiene una fuerza transformadora, política y creativa, con resultados concretos y tangibles y también con efectos sublimes y sutiles. Me gustan las herramientas, disfruto transformar los materiales y gozo de las formas, procuro que mis piezas tengan varios niveles de lectura; me encanta la metáfora y los juegos de palabras. Me fascina el humor sencillo y lúcido. Me gusta el sonido y su capacidad de evocar y suscitar. Disfruto mucho de los procesos y del trabajo colectivo, suelo ser obsesivo en la buena factura de las piezas. Jugar a la ciencia y de pasada dudar de ella, dudar de todo, dudar de la duda misma, rayar en lo metafísico Observo y concluyo., temerario y temeroso, me enfuerece la prepotencia y la injusticia social.”

 

ivan puig 2009

 

fonte: ivan puig

 



a estranha e bizarra arte de thomas mc donell.

pra você, que admira a difícil compreensão das coisas.

mais maluquices no site oficial do artista.


retiradas daqui


rewind

12out09

foto: carlos r. zanello de aguiar

ademir assunção revirou os arquivos de áurea leminski em curitiba e trouxe à são paulo a exposição “ocupação paulo leminski” que acontece de graça no itaú cultural, retratando a vida de um dos maiores poetas que o brasil já teve.

mais informações:  catraca livre e espelunca